sábado, 21 de fevereiro de 2015

Parcimônia!

Parcimônia! Ele me disse que usaria Parcimônia! Como alguém com menos de trinta anos usa essa palavra? Me encantei.Um guri desapegado que aparenta ser exatamente o meu oposto. Eu disse: com o meu ritmo acelerado, e o seu tranquilo, podemos fazer um ritmo moderado? Ele não respondeu e ainda disse que não gostava de certo tipos de perguntas.
"Eu não posso apenas fazer as perguntas que você gosta de ouvir" retruquei.
Eu queria ser eu mesma por todo o tempo. Se eu sou uma pessoa irritante, que ele saiba logo para ter tempo de escapar pelas minhas mãos, afinal tenho esse mal de não querer quem não me quer.
Ele só disse que tinha respostas chatas. E eu imaginei, que essas respostas chatas combinaria muito bem com as minhas perguntas chatas.

Sylvia Plath, in Paris. (October 27, 1932 – February 11, 1963)


I’m terrified by this dark thing. That sleeps in me; All day i feel its soft, feathery turnings, its malignity. Clouds pass and disperse. Are those the faces of love, those pale irretrivables? Is it for such i agitate my heart?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Fella,



Eu tento te homenagear todos os dias independente de ser teu aniversário ou não, mas hoje é aquele dia que a gente precisa escrever lembrar, festejar e comemorar. Sentei aqui em frente ao computador, coloquei “The Sweetest thing” do U2 pra tocar, e antes mesmo de se quer começar a escrever, eu me emociono e fico meio quase chorando, sem motivo algum. Na verdade, pensar em você é um mistura de lembranças boas com superações, momentos difíceis, tristes que vem a tona. ...Olhar pra você é lembrar instantaneamente da nossa mãe, nos gestos, na fala, traços do rosto, o que acaba sendo um conforto por que de alguma maneira, sei que ela está aqui do meu lado, em alguma coisa que tu fala ou quando tu fazes um café pra gente no final da tarde, nas nossas piadas, frases tiradas de algum filme antigo.
A Paola é o tipo de pessoa que não comemora o dia do aniversário apenas no dia 09 de agosto, durante toda a semana, foi uma enxurrada de presentes que iam chegando, um mais legal do que o outro, ligações, homenagens, especulações de como fazer para que você tenha o conhecimento de todo amor que todo mundo que te conhece sente. E você sabe, não é? Tu és uma pessoa querida, admirada, cobiçada, cuidada e amada como uma princesa, ou como você já tem uma coroa mesmo, uma Rainha.
Eu fico olhando todo esse carinho, amor e demonstrações de afeto que chegam gratuitamente todos os dias, e agradeço, por todos aqueles que querem assim como eu a sua felicidade.
E, o meu amor por você é definitivamente a coisa mais completa que tenho, a minha estrutura, minhas razões, meus objetivos e minha inspiração.
Amo tanto você que dói. Como deve ser todo amor, acredito eu. Rezo e peço que a vida sempre lhe sorria. Através dos filmes do Peter Jackson que ainda estão por vir, dos próximos episódios de One Piece, pelo sotaque inglês do Freddie Mercury, nos acordes da Barbra. De tudo aquilo que te faz bem.
Quero que o abraço mais terno alcance o seu sempre que você precisar. Desejo que suas lágrimas caiam, mas que sejam intercaladas com algumas risadas, e que essas não sejam de nervoso. Peço que de alguma forma a vida lhe recompense, e que se ela não der conta disso, rezo para que o amor que eu e tantos outros sentimos por você seja minimamente o suficiente.
Amo você. Sempre. Mesmo quando eu ainda não sabia que amava, o que era amar, quem eu era e o que juntas seriamos. Obrigada por deixar tudo mais doce, por tudo, my deepest Love. Love of my life.


I know I got black eyes
But they burn so brightly for her
I guess it's a blind kind of love.
Ain't love the sweetest thing?
Isah Rocks com quinze anos:
"- Vou prestar vestibular para jornalismo e ter um programa na rádio pra falar sobre o rock, mas o verdadeiro rock, e dar espaço para os fãs, não só para os artistas, mas aqueles que amam e adotaram o rock como filosofia de vida. (Pensava algo assim)"
Isah Rocks hoje:
Realizar sonhos de adolescente definitivamente tem um gosto a mais, quando sonhamos algo com maturidade pensamos em todos os porém, nas dificuldades, no longo percurso, botamos todas as dificuldades de ser adultos e colocamos os sonhos no topo de uma prateleira que nunca iremos alcançar.
Na adolescência não, o caminho é fácil, não é preciso de muito esforço, você apenas imagina e aquilo vira realidade. A famosa frase do Pablo Picasso dizia "Tudo que puderes imaginar se torna real", e é bem assim.
Todo adolescente deveria passar pela fase rock 'n roll, e eu passei, (aquela época rebelde que nunca passou), cabelo colorido, botas, pulseiras, camisetas de banda, letras agressivas, piercing, tatuagem, ah como essa fase me foi divertida. E sinto falta, sou desapegada com tudo e com todos, mas com o rock não, não me desfaço, eu simplesmente continuo comprando as camisetas de banda e desenhando caveiras e balançando os cabelos voando ao som do pesado.
O rock chegou pra mim na pior fase da minha vida. Minha mãe tinha morrido, a vida era um caos, e tudo estava desmoronando. E eu estava com raiva. Muita raiva, de tudo e de todos. Certa vez, comentei isso com alguém e essa pessoa me perguntou: Então o Rock foi um consolo, um escape? - Não.
Pelo contrário, o rock fez com que eu sentisse toda a raiva e dor a flor da pele. Ele fazia com que eu retrucasse, respondesse, me rebelasse. Era a única coisa que fazia sentido.
Definitivamente o que eu escutei e senti nessa época, me fizeram a pessoa que sou hoje. Esses dias conversando com um amigo, comentei que tentava não me vitimizar, mas que tive uma infância/ adolescência dignos de mocinha de novela mexicana. E a única coisa capaz de me tirar daquela vida eram as letras do Pink Floyd, as frases do Queen, o peso irracional do Iron Maiden.
A fase ruim passou, eu finalmente consegui aceitar que coisas ruins acontecem com todo mundo. Porém, tudo aquilo tinha deixado marcas e eu precisava me aproveitar daquilo tudo. Depois, uma compilação de coisas boas começaram a acontecer nas nossas vidas, (dificil falar sobre mim no singular, sendo que passei por tudo ao lado da Paola Carvalho). Vez ou outra me pego desconfiada achando que não é mera coincidência, mas as coisas vem facilmente dando certo, quase como uma bênção.
Em um mundo que todas as pessoas derrubam umas as outras, comigo não, eu simplesmente estou cercada de pessoas que me ajudam, que me acreditam, que me apoiam, o que faz com que eu me pergunte: - Meu Deus, eu mereço isso?
É um tempo de águas calmas, o rio vai fluindo e estamos conseguindo chegar lá. Os projetos vão dando certo, as portas vão se abrindo e quando os funkeiros promovem o ódio e a inveja dos inimigos, nós do rock, não. ( Falo dos verdadeiros rockers). Nós somos unidos, juntos vamos rompendo os paradigmas, criamos laços, somos amáveis, somos polêmicos. Só com a filosofia do rock 'n roll conseguiríamos chegar nesse primeiro ano intactos.
Um ano que o Rock&História está no ar. E eu sou grata. Aos ouvintes, aos idealizadores, a nossa equipe, a minha supervisão, aos produtores, aos músicos, aos rockers, aos colaboradores, aos meus entrevistados e aos meus amigos que assim como eu tem uma História de rock para contar.
Obrigada
FOR THOSE ABOUT ROCK
WE SALUTE YOU!
Isah Carvalho