domingo, 30 de março de 2014

Te conheci

I. Deve ter sido num momento de pura carência, eu já estava em casa demais, na internet demais, no computador demais. E em três anos que não sentia nada que pudesse ser retribuído, era novembro, bem ínicio de novembro, uns dias depois de eu ter completado 27 anos e ter ficado bem bêbada. Era um escape. Eu te vi e parei, por conta do cabelo comprido caído nos olhos e pelo sorriso. Já tinha conhecido estranhos desse tipo, e me relacionado dessa forma, e sempre tinha sido divertido, porém vazio. Você disse seu nome e deixou de ser estranho. Eu não sabia teu jeito, tua demora, tua leveza então só tinha imaginado que não tinha se interessado por mim. Mas queríamos nos ver de novo, e assim foi o dia seguinte. A primeira conversa foi amigável, porém distante. Essa primeira conversa foi relembrada eternamente por mim, eu queria captar quando foi que eu te conheci.

2. A segunda converna na segunda-feira da semana que viramos melhores amigos. Você foi honesto, verdadeiro e encantador. Ser você mesmo foi o que me conquistou, falar abertamente sobre si mesmo. Falar sobre o seu dia, sua rotina e dividir cada pequena informação para que eu soubesse quem você era, da onde você vinha e para onde queria ir. O dia dois foi de dividir, nos tornamos dois. E provavelmente foi um dos dias mais longos e bem aproveitados da minha vida. Foi te sugando as informações e energias de um quarto gelado que eu tive você todo pra mim. E dormimos juntos. E eu te conheci.

3. Acordamos cedo e eu escutei o teu primeiro 'bom dia' e meu compromisso era todo teu. Tu e tuas tarefas e eu no trabalho com sono e feliz. Eu já era tua. Hoje percebo que você me deu um pouco de você, mas não o suficiente. Mas só hoje, depois de tantos dias para perceber que você não é meu, enquanto percebia que era tua.

4...

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